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NOVIDADES - Lidando com a agressividade dos idosos que necessitam de cuidados

14Fev2017

Lidando com a agressividade dos idosos que necessitam de cuidados

Desta vez vamos falar de algo que mexe muito com nossas emoções e afeto: o idoso que é portador de um diagnóstico psiquiátrico ou neurológico e que por algum motivo comporta-se de maneira agressiva. Vamos ver algumas soluções para lidar com este problema?

Num primeiro momento é muito importante que o familiar exija um esclarecimento sobre o quadro clínico do idoso. Peça explicações para o médico e caso haja profissionais como terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo envolvidos solicite a consideração clínica de cada um. É muito importante acharmos explicação lógica para esta agressividade a fim de resguardamos nossas emoções pois ao compreendermos o quadro, nossas emoções são controladas com mais facilidade. O desconhecido nos causa sentimentos tão adversos que ficamos facilmente à flor da pele por qualquer coisa fazendo com que nossa irritação aumente ainda mais a agressividade do idoso.

O idoso com diagnóstico neurológico ou psiquiátrico pode estar agressivo por vários motivos. Vejamos alguns deles:
-necessidades básicas não atendidas (fome, sede, sujo, roupa apertada, frio ou calor, intestino preso…)
– lesão cerebral;
– infecção urinária;
– problema de saúde ainda oculto (sem avaliação);
– dor incompreendida;
– interações medicamentosas que necessitam reavaliação médica;
– medicamentos desatualizados ou administrados de forma errada;
– estado depressivo com ou sem tendências suicídas;
– desejos não atendidos;

Saber o motivo da agressividade facilita encontrar soluções ou desenvolver métodos para lidar com a situação! Os profissionais clínicos também poderão oferecer orientações. Muitas vezes as orientações devem ser adaptadas à maneira de ser do idoso e sua relação com o cuidador. O importante é encontrar uma forma de eliminar ou reduzir o quadro de agressividade.

O que fazer quando o idoso agride cuidadores ou outras pessoas?
Após conhecer um pouco mais sobre os prováveis motivos de sua agressividade:
– procure deixar o ambiente livre de objetos e tapetes;
– mantenha-o em local que não dê aparência de “prisão” mas que seja protegido (mesmo se o local for pequeno o importante é não incitar a sensação de “estar preso”; ambientes grandes são bem indicados para idosos com necessidade de perambular quando monitorados pelo cuidador);
– converse apenas o necessário, de forma objetiva e com poucas palavras;
– retire pessoas diferentes do ambiente neste momento (pessoas diferentes podem provocar mais irritação;
– deixe o idoso livre para perambular pra lá e pra cá;
– garanta circulação de ar no ambiente;
– fique atento sem ficar segurando demais o idoso a fim de protegê-lo de algum possível incidente;
– certifique-se de que suas necessidades básicas estão atendidas;

Caso o idoso perambula colocando sua vida em risco: eles podem sair pra qualquer lugar sendo totalmente vulneráveis aos perigos (atravessar a rua sem segurança, pular o portão, cair na piscina etc).
É importante garantir uma pessoa para ficar por conta do idoso, principalmente enquanto acordado.

E como lidar com o idoso que não consegue ficar sentado dificultando até mesmo a hora da refeição?
(quadro conhecido como acatisia, inquietação os quais podem ser reações adversas, efeitos colaterais de remédios ou sintoma presente em algumas demências):

– não há problema algum alimentar o idoso enquanto de pé (caso seja possível);
– você também pode experimentar colocá-lo numa cadeira que tenha o encosto e uma das laterais da mesa voltado para a parede enquanto você se assenta para auxiliá-lo na outra lateral;
– manter poucas palavras, movimentos delicados na hora da refeição podem ajudar na organização do idoso;
– o toque de suas mãos no idoso bem como tom de voz poderá irritá-lo mais ainda. Saiba dosá-los!;
– aguardar um momento em que esteja mais tranquilo para alimentá-lo;

Por fim, descubra junto ao médico algum medicamento que amenize a agressividade para casos em que ela não é reversível. Pois em casos onde a agressividade tem origem clínica é realmente desafiador cuidar até mesmo das atividades de autocuidado do idoso.

Jamais desista de procurar uma solução ou uma forma de amenizar a agressão!
Não há necessidades de conter o idoso quando compreendemos o que acontece e “adaptamos o mundo ao seu redor”!
Utilize sempre de sua compreensão, tolerância e espírito de cuidados para com o idoso agressivo a fim de também experimentar satisfação pelo trabalho que você faz!

Lembre-se: comunique-se com o médico solicitando-o a melhor interação medicamentosa, que as dosagens estejam em dia, confira os remédios no prazo de validade e… reserve um tempo especial para os cuidados com esse idoso.